sábado, 9 de fevereiro de 2008

DONO DA FEROZ QUER FICAR FAMOSO A QUALQUER PREÇO


PARANÁ ALUGUEL DE CÃES EM CURITIBA 08/02/2008 - 18h53
Dono da Feroz presta esclarecimentos na delegacia sobre denúncias de maus-tratos
por GAZETA DO POVO ONLINE, com informações de Themys Cabral e Adriane Lourenço - Gazeta do Povo


O empresário Jair Pereira de Souza Pinto Júnior, dono da empresa de cães de guarda Feroz, esteve nesta sexta-feira (8) na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) para prestar esclarecimentos sobre denúncias de maus-tratos contra os animais alugados pela empresa. Somente nesta semana, quatro denúncias foram registradas - duas na quarta-feira de Cinzas. No mês de janeiro, passou a vigorar a Lei Municipal 12.594 que proibia o aluguel de cães pelas empresas do ramo, que atuam em Curitiba. Entretanto, no último dia 24 o juiz Douglas Marcel Peres concedeu liminar autorizando a empresa Feroz a alugar os animais.
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A reportagem do Paraná TV foi conferir as denúncias e encontrou os cachorros em péssimo estado. O descaso é tanto que uma cadela, da raça rotweiller, teve filhotes e estava abandonada no terreno. O empresário tentou explicar: "A cadela não aparentava estar prenha, tanto que só deu dois filhotes, e ela não é idosa, tem cerca de 4 a 5 anos", disse Ribeiro à reportagem da Gazeta do Povo. O que o Paraná TV flagrou é vivenciado diariamente por pessoas que moram próximos aos locais onde os cachorros são deixados para fazer a segurança. Com o descaso da empresa, os moradores resolveram dar comida, água e até dar carinho aos animais. "Esse é o problema dessas empresas. Tem que sempre esperar que o animal fique em estado de saúde bem precário para que a denúncia seja feita", disse Soraya Simon, presidente da Sociedade Protetora dos Animais. "A cadela e os filhotes serão levados para a Sociedade Protetora para tratamento com nossos veterinários", completou.Com a chegada da polícia, o rapaz responsável pela alimentação dos cachorros apareceu. Na caminhonete dele, estava um cão, também da raça rotweiller, visivelmente com problemas de saúde - apresentando ferimentos no pescoço e nas pernas. O dono da empresa Feroz, mais uma vez encontrou uma explicação. "O cão estava sendo levado para tratamento, então não vejo problema aí. Já em relação ao cão morto, vou aguardar o laudo, tudo indica que foi envenenado, pois vomitou sangue", explica.O cão citado por Ribeiro fazia a guarda de um imóvel na Rua Dr. Manoel Pedro, no Bacacheri. O animal, da empresa Feroz, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (8) e encaminhado para a necropsia. A denúncia havia sido feita, na noite anterior, por vizinhos que acionaram entidades de proteção aos animais por causa do cheiro de carniça.À reportagem da Gazeta do Povo, Ribeiro denuncia que cães de outras empresas também estão sendo vítimas de maus-tratos, mas há dificuldade na identificação. "Elas procuraram se resguardar, tirando placas", conta. Uma audiência deve ser marcada num prazo de até 30 dias, no Juizado Especial Criminal. A punição prevista para os crimes é de três meses de detenção a um ano, mas pode ser revertida para uma pena alternativa. Já as multas aplicadas em casos semelhantes variam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil.

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