sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Cães abandonados podem pertencer a firmas de aluguel

PARANÁ CRUELDADE publicado na edição impressa de 14/02/2008
Cães abandonados podem pertencer a firmas de aluguel
por MARCOS XAVIER VICENTE
Dois recolhimentos de cachorros de grande porte feitos pela Guarda Municipal nos últimos dias, em curitiba, podem ser o indício de que locadoras de cães estejam abandonando animais desde a vigência da Lei Municipal 12.594, sancionada em 2 de janeiro e que proíbe a atividade na capital. Sexta-feira, nove animais foram recolhidos em um matagal no bairro Umbará. Na terça-feira, mais sete foram recolhidos em um terreno no Novo Mundo. No segundo caso, moradores dizem ter visto uma caminhonete deixando os animais no local.Segundo o guarda municipal José Aparecido da Silva, os 16 animais são de grande porte. “Todos eram de raça: tinha rottweiller, pastor alemão, pastor belga, doberman, pitbull e fila”, conta.Os cachorros foram encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da prefeitura. A coordenadora da Vigilância Sanitária, Rosana Zappe, afirma que todos os cachorros chegaram magros, um deles com a pata quebrada. “Os proprietários têm três dias para reivindicar os animais”, explica. “Depois eles serão entregues à doação.”
Soltos
16 cachorros de grande porte foram recolhidos pela Guarda Municipal nos últimos dias em dois bairros da zona sul de Curitiba.Os casos ainda não foram encaminhados à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Entretanto a Sociedade Protetora dos Animais (SPA) encaminhou o caso do Novo Mundo ao Ministério Público. “Os indícios são fortes de abandono por parte das empresas de aluguel, pois todos os cachorros são de grande porte, estão debilitados e foram encontrados juntos”, avalia a presidente da SPA, Soraya Simon. Soraya afirma que o abandono de cães de aluguel não é novidade. “Antes da lei isso já era comum: sempre que os cachorros ficam debilitados, ou são abandonados ou recebem um fim que ninguém sabe.”Outra locadora de cães aguarda liminar para voltar a atuar. Assim como a Feroz, que dia 24 conseguiu autorização para retomar suas atividades, a Alarm Dog, que tem 120 cães, impetrou ação na Justiça. Segundo o gerente da Alarm Dog, Maurício Souza, com a lei o movimento caiu 90% e a empresa teve que realocar os animais, pedindo permissão aos donos dos imóveis para deixar dois ou mais cães no local.

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